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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Gerês - Portugal Fantástico - Parte III (Fotos)


Vista do miradouro da Pedra Bela. Na realidade, existem dois miradouros: o velho e o novo. Esta foto foi tirada no novo, o qual têm um campo de visão mais abrangente.

Penhascos a caminho de Ermida. As fotos nunca dão bem a dimensão destes rochedos. Aqui, as flores amarelas das giestas a contrastarem com o cinzento das rochas. Um efeito muito comum nesta altura do ano.

A cascata do Arado vista do miradouro turístico.


Ponte sobre o rio Arado vista do miradouro da cascata. O leito do rio está cheio de "calhaus"moldados pela força das águas, que depois de cairem abruptamente na zona da cascata, correm de forma suave debaixo da ponte.

Desde a ponte até à cascata, pelo leito do rio, encontram-se quedas de água mais pequenas, também bonitas de se verem, mas que necessitam de alguma atenção para não irmos ao banho.


A cascata do Arado vista do sítio mais perto junto à base até onde a Graça conseguiu ir. Só falta mesmo o barulho da água a cair.

Nesta zona a água é mesmo transparente e com peixes(!). O tom verde é dado pela vegetação das encostas.


Dá para ver que a Graça conseguiu chegar mais perto da cascata do que eu. Para isso teve que molhar os pés. Mas ela gostou por causa do calor que estava.

Depois de uma subida atribulada por uma estrada em péssimas condições, chegámos ao miradouro da Junceda. E valeu a pena. Não só pelas vistas como pelo silêncio.


À primeira vista, parece que estamos numa esplanada de um qualquer bar. Podia ser, mas não é. Trata-se do miradouro da Junceda, que parece estar a ser remodelado, mas, ao mesmo tempo abandonado.

O Gerês é um conjunto de maciços graníticos, florestas verdejantes e água, muita água.
Aqui, temos as rochas.


Também há prados. No fim deste, temos Campo do Gerês. Ao fundo, fica a Serra Amarela. Um belo fim de dia nesta serra magnífica.




Mais um conjunto de rochas que caracterizam a paisagem do Gerês. Se calhar, já é um exagero de pedras, mas...

A famosa igreja de São Bento da Porta Aberta. Já cá tinhamos estado em 2004, no baptizado do nosso sobrinho Tomás. As pinturas do tecto da igreja são muito interessantes. Ah, é verdade, parece que a porta está sempre aberta, pelo menos, durante o dia.

E para despedida deste fim-de-semana prolongado, mais uma vez a água, vista do adro da igreja de São Bento da Porta Aberta.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Gerês - Portugal Fantástico - Parte III

A manhã de Domingo, dia 3 de Maio, chegou depressa. Último dia destas mini-férias, a nossa vontade era que o dia fosse o mais longo possível.
Assim, levantámo-nos cedo, e ,depois do pequeno-almoço, rumámos a um dos miradouros mais turísticos do Gerês - a Pedra Bela. Fica a cerca de 4 km da Vila, na encosta este. A estrada, embora alcatroada, é muito estreita e sinuosa. Nesta vertente, abundam muitos pinheiros bravos.
A vista na Pedra Bela é, como não podia deixar de ser, fabulosa. Às dez da manhã ainda pudemos desfrutar da paisagem em algum sossego. No entanto, logo a seguir começou a chegar um enchente de gente, sobretudo domingueiros que, mais do que vir conviver na Natureza, têm motivações diversas.
Às onze horas, regressámos à Vila, para ir utilizar, pela última vez, o SPA das Águas do Gerês. Depois de termos estado uns minutos no banho turco, aproveitámos ao máximo a piscina hidrodinâmica, com os seus jactos de água e os jacuzzi com bolhas de ar. E foi óptimo, pois tivemos a piscina, praticamente, só para nós.
Depois de comprarmos uns "recuerdos" - uns potes com mel supostamente do Gerês - e nos termos abastecido de umas frutas e umas sandes para almoço, o objectivo seguinte era ir revisitar a cascata do Arado.
A propósito das frutas, quero dizer que achei piada à simpática da velhota que me atendeu, não só pela maneira comercial de querer vender tudo e mais alguma coisa - prove, prove! não paga nada - mas também porque estando eu demorado à procura de trocos, pensando ela que eu não tinha dinheiro me disse: filho, se não puder, paga amanhã, que eu confio! Mal ela sabia que, "amanhã", já nós estaríamos bem longe.
Se calhar foi sorte, mas além de barata, toda a fruta estava muito boa, desde as uvas aos morangos (muito bons mesmo!).
Seguimos em direcção a Rio Caldo e cortámos à esquerda para Ermida, pois estava com receio de que a estrada da Pedra Bela para a cascata não estivesse em bom estado, o que depois verificámos não ser verdade.
Uns quilómetros a seguir a Ermida, fica o desvio para a cascata. Ainda nos aventurámos umas dezenas de metros, só que os buracos naquela estrada de terra batida eram tantos e tão grandes que decidimos parar o carro e, depois do almoço, seguir a pé. Seiscentos metros mais à frente, fica a ponte sobre o rio Arado.
Mais uma vez, um montão de gente. Tal outra coisa não seria de esperar num Domingo soalheiro mesmo a apetecer sair de casa. No entanto, tudo tem limites. E, às vezes, interrogo-me o que é que anda determinado tipo de gente a fazer por estas bandas. Na verdade, uma coisa eu sei - poluem. É um triste espectáculo ver, junto à ponte e nas bermas próximas do rio, a quantidade de lixo de toda a espécie, sobretudo plásticos e coisas afins. Será que não há a noção de que um simples plástico demora, pelo menos, quinhentos anos a decompor-se, e que o próprio processo vai contaminar toda a água e solos?
A cascata do Arado pode apreciar-se de vários sítios. O mais turístico é um ponto elevado da margem direita do rio, que se atinge subindo uma escadaria de cerca de uns 50 metros.
O outro é subindo o leito do rio e chegando à base da cascata.
Da primeira vez que aqui havíamos estado, era Verão e o rio levava menos água. Desta vez, chegar junto à cascata foi um pouco mais complicado. Tivemos que ir saltando de rocha em rocha no meio do rio, para não pormos os pés na água. A seguir tivemos que flanquear umas árvores na margem e, finalmente, a Graça decidiu descalçar-se para passar para um rochedo mais próximo da cascata. A água estava gelada, mas valeu a pena. O espectáculo é magnífico: o barulho, a água cristalina, os peixes (!) e os rochedos. Só um senão: se acontecesse algum percalço, estávamos por nossa conta, pois naquele sítio não há sinal de rede para telemóveis.
Depois do esforço todo, sobretudo para mim (que não estou habituado a estas andanças), regressámos à Vila do Gerês pela Pedra Bela - afinal a estrada estava boa - para seguirmos para o último destino: o miradouro da Junceda.
Para ir para este miradouro, é seguir na estrada que vai para Covide e, pouco antes, corta-se à direita e é seguir 3 km por uma estrada de terra batida, que é de por os nervos em franja tal é a quantidade de buracos, covas, valas, etc que aquilo tem. Coitado do nosso pobre carro!
Mas vale a pena. A paisagem até chegar ao miradouro é tipicamente granítica, tipo Cidade da Calcedónia. Rochas e prados verdes pelo meio.
O miradouro da Junceda parece estar em obras (pagas pela Comunidade Europeia), mas ao mesmo tempo abandonado. Mais uma vez, a vista é soberba. Este miradouro fica do lado oeste relativamente à Vila do Gerês, a qual se vê em toda a extensão. Pelas rochas deste miradouro abundam as lagartixas, que aproveitam o calor do final do dia. Dada a hora tardia e, se calhar, a dificuldade em lá chegar, éramos os únicos visitantes a gozar do "silêncio" da floresta, apenas quebrado pelo canto de um cuco a fazer cu-cu.
No regresso, e já na descida para Covide ainda tive tempo (finalmente) de filmar o voo de uma ave de rapina, que, logo que tenha tempo, colocarei neste blog.
Observar aves de rapina é um dos prazeres que me dá. A Graça já não acha tanta piada a isso, mas não evita apanhar umas secas de vez em quando. Não é que eu perceba muito do assunto, apesar de já conseguir saber quando são abutres ou não. Mas ver aqueles animais em plena liberdade, lá no alto, é mesmo delicioso. É pena o que os espera cá em baixo. Fico mesmo de coração nas mãos quando leio notícias da morte destes animais pelo método mais cobarde e traiçoeiro - o envenenamento. Uma notícia que me deixou muito triste foi a de o macho do último casal de águia-real na Serra do Gerês ter aparecido morto. Isto, creio que foi há dois ou três anos.
Bons sítios onde já tive oportunidade de fazer filmagens (amadoras, claro!) interessantes: El Rocio (Doñana), Vale do Ebro (perto de Burgos), Parque Nacional de Monfrague (Cáceres) e Penedo Durão (Freixo de Espada à Cinta).
O regresso a Lisboa, fez-se pela estrada que passa em São Bento da Porta Aberta, junto à albufeira do Cávado. Aproveitámos para jantar numa pequeno restaurante tipo churrasqueira e não nos arrependemos.
As últimas fotos foram feitas com a pouca luz do final do dia, espelhada na água e nas silhuetas daquelas montanhas que encerram, provavelmente, a natureza mais selvagem de Portugal. Este fim-de-semana foi só um aperitivo, pois prometemos voltar.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Gerês - Portugal Fantástico - Parte II (Fotos)

Vista da Cidade da Calcedónia no início do percurso a partir do local onde estacionamos o carro.
Já nesta altura, o calor do Sol apertava. Mas, à partida parecia não ser muito complicado. O pior foi quando começamos a subir. A famosa fenda fica do lado direito da imagem. Nós resolvemos subir pelo lado esquerdo - decisão errada!

Depois da subida ao topo, as vistas são magníficas. Nas costas da Graça fica Covide, com os seus ricos pastos verdes.
Subir estes pedregulhos revelou-se uma tarefa tudo menos fácil. Mas isto para mim, um citadino militante, que passa mais de oito horas sentado por dia (pelo menos). Mas valeu a pena.


A acção dos elementos chuva, vento, variação térmica, está por todo o lado. Parece que esta zona foi um importante forte romano, mas tudo o que vimos parece ter sido construido (ou destruido) pela Natureza.

Se subir é difícil, descer ainda é mais. Nalguns rochedos como este, só mesmo sentado. Claro, isto para um tipo com 30 quilos a mais do que devia ter.

A foto não dá para se ter bem a noção do tamanho destas paredes e placas de rocha granítica.
Mas que são imponentes, lá isso são.

A vista para o lado sul estende-se quase até Braga. Lá ao fundo fica a famosa São Bento da Porta Aberta. Também dá para ver a variedade de flores que surgem no meio das rochas.

Mais umas paredes do lado este. Foi por aqui que encontrámos o trilho oficial.
Uma das muitas formas curiosas esculpida pelos elementos.
Quase parecem umas gravuras rupestres, mas aqui os artistas são outros.

Um dos poucos sítios à sombra na Calcedónia. Aqui já estamos no trilho oficial e à sombra como a Graça gosta.


A entrada da fenda da Calcedónia. Na foto não dá para ver a dimensão da coisa, mas estamos a falar de dez metros de altura, por cento e cinquenta de comprimento, e pouco mais de 1 metro de largura. A Graça prometeu-me que para a próxima entramos lá.
Esta é uma pequena cavidade que atravessamos para podermos seguir no trilho. Está já próxima da fenda. Como se pode ver, é água a escorrer por todo o lado.


De repente, pensei estar na ilha da Páscoa. Mas não, isto é na Calcedónia.

Para quem goste de apanhar um pouco de calor, aprecie paisagens quase lunares, e se queira cansar um bocado (um bocadito...), então não ficará desiludido. Não se esqueçam é de trazer o lanche, muita água, o chapéu e os óculos de Sol (http://www.excellentoptica.pt/).

Gerês - Portugal Fantástico - Parte II

No Sábado, dia 2 de Maio, o dia começou com uma massagem geral no SPA das Águas do Gerês. E não podia ter começado melhor. A massagista, a Rosa, fez uma óptima massagem e, ao fim de 30 minutos, saímos de lá completamente "partidos", mas rejuvenescidos.
A seguir ao pequeno almoço no hotel, decidimos então "atacar" a Calcedónia.
Eu tinha visto um percurso na net de cerca de 7 km, no site da Câmara Municipal de Terras de Bouro. O site está bem desenhado: http://www.cm-terrasdebouro.pt/trilhos/trilhos.htm.
Aliás, existem vários percursos, todos apetecíveis, embora já soubesse que seria impossível fazer mais do que um ou dois, pois havia que conciliar a vontade da Graça de usar o SPA.
Assim, desisti de ir à procura do início do trilho, que julgo começar em Covide. Claro que o trilho, sendo circular, pode começar em qualquer ponto do mesmo.
Estacionamos junto à estrada que vai do Gerês para Covide, num ponto que nos pareceu ser o mais próximo da Cidade da Calcedónia. A seguir, iniciamos o percurso por um caminho de terra batida mais ou menos acessível.
Sendo um fim de semana prolongado, já estávamos à espera de encontrar um montão de gente pelo Gerês. E a zona da Calcedónia não foi excepção. Quase no início, cruzamo-nos com uma quantidade de gente que estaria a regressar. Na maioria pessoal novo.
Não tenho nada contra grandes ajuntamentos de pessoas. Mas, no campo, há que estar em relativo silêncio. Mas a algazarra era tanta que pareciam estar no recreio da escola. Enfim...
Depois de cerca de 1 km mais ou menos fácil, seguimos um caminho - achamos nós que era um caminho - sempre a subir e que começou a contornar uma das elevações graníticas da Calcedónia pelo lado sul.
O objectivo era encontrar o tal trilho marcado e oficial que iria dar à fenda. Mas nem vê-lo.
Depois de uma penosa caminhada que consistiu em subir, umas vezes, e contornar outras, uma série de rochedos, acabamos por ir dar ao ponto mais alto da Calcedónia, sem encontrar a fenda.
Antes de atingir o cimo, ainda paramos à sombra de uma das poucas árvores, para comer umas sandes, uns morangos e umas uvas que havíamos comprado, nessa manhã, na Vila do Gerês.
A vista que se tem do cimo da Calcedónia é impressionante. Vê-se praticamente tudo. E percebe-se melhor o porquê de lhe chamarem Cidade da Calcedónia. Um aglomerado de rochas de todos os tamanhos e feitios, muitas delas fragmentadas, espalham-se por toda a zona, dando a ideia de uma "grande cidade de pedras".
No topo, percebemos, pelas vozes de gente toda entusiasmada, que a fenda ficava mesmo por baixo de nós. Mas também verificámos que teríamos que fazer o percurso inverso, pois era a única saída possível, tendo a altura dos penhascos em que nos encontrávamos.
Eram cerca das 14 horas quando começamos a descer. E por, incrível que pareça, descer rochedos é mais difícil do que subi-los. Sobretudo, porque, tendo chovido dias antes, a água corre por todos os lados, e alguns sítios estão molhados, e para escorregar não é preciso muito.
Com o Sol a pique, já de regresso para o o local do estacionamento, até porque tínhamos a marcação do circuito hidrotermal no SPA para as 16h30, acabei por encontrar o trilho oficial. E, apesar da pouca vontade da Graça, seguimo-lo até à famosa fenda da Calcedónia, onde um grupo de escuteiros acabara de se aventurar. E pareciam todos "doidos", a julgar pelo eco da barulheira que estavam lá a fazer.
Porque já se estava a tornar tarde para chegar a horas ao SPA, e porque depois de de quase 4 horas a caminhar e a saltar rochas, já estávamos realmente partidos (é o que acontece a amadores como eu), resolvemos finalmente regressar ao carro.
Ter estado à entrada da fenda e não a ter atravessado é como ter ido a Roma e não ver o Papa.
Talvez numa próxima oportunidade.
De qualquer forma, tendo em conta o grau de dificuldade do percurso, ficamos satisfeitos pelo que fizemos. Pelo menos eu. A Graça não aprecia muito pedras. Ela é mais verde, tipo florestas e coisas do género. Mas acho que também se deliciou com as vistas, que são mesmo magníficas (não estou a exagerar).
Quero também referir que a Cidade da Calcedónia não é só granito. Nesta altura do ano, há imensas plantas em flor. O que torna a paisagem um pouco menos "desoladora".
Conseguimos chegar ao SPA às 16h30. E, sem dúvida, valeu a pena. A piscina hidrodinâmica é excelente. E depois do esforço todo, ainda soube melhor.
O jantar foi no restaurante da residencial Novo Sol, logo à entrada da Vila. Estivemos um pouco à espera, mas pelo preço valeu a pena. Mais uma vez, e apesar da casa cheia, os funcionários sempre muito simpáticos - http://www.residencialnovosol.com/ . Percebemos que, no Gerês, sobretudo se há muitos turistas, o melhor é pensar em jantar cedo (tipo 20h00-20h30), senão depois é ficar à espera.
A Vila, à noite, é agradável para passear. E, nessa noite de Sábado, o tempo até esteve bom para isso.
E foi assim que o dia se passou. Claro que quando queremos que o tempo passe devagar, é quando passa mais depressa. Havia pois, no dia seguinte, que tentar esticá-lo.

domingo, 17 de maio de 2009

Gerês - Portugal Fantástico - Parte I (fotos)

Cascata no rio Homem, perto da Portela do Homem. Daqui, inicia-se o trilho para os Carris.
No verão a lagoa formada por esta queda de água é muito agradável. Em Maio, só se for para sair de lá congelado.
No percurso para as minas dos Carris, podem observar-se uma série de pequenas cascatas e mini-lagoas ao longo do rio.

A Graça a encher uma garrafa de água numa das muitas fontes que há no Gerês. A água é muito saborosa e fresca. A do Fastio é desta zona.

Uma casa de abrigo no interior da Mata de Albergaria.

Aspecto verdejante da Mata de Albergaria. Tive pena de ainda não ser desta vez que fiz uma caminhada pelo meio desta floresta, por já ser muito tarde.

A Mata de Albergaria é uma floresta a sério, com muitos carvalhos para além de muitos outros tipos de árvores, ao contrário da nossa "floresta" típica que é ou pinhal ou eucaliptal (para quê?), infelizmente.

Aspecto de um dos cursos de água que atravessa a Mata de Albergaria. O som da água no fim do dia é muito relaxante.

Apesar de já ser tarde, valeu a pena revisitar esta floresta. O verde intenso até parece que foi pintado de fresco.

Nota-se que a maior parte das árvores são muito antigas. Através desta floresta, seguia uma importante estrada romana - a Geira.

O Sol a por-se entre os ramos das árvores é um espectáculo magnífico. Pena os buracos na "estrada".

Albufeira de Vilarinho das Furnas. Ao fim do dia, dá que pensar o facto de estar uma antiga povoação debaixo daquelas águas. Não morreu ninguém fisicamente, mas o facto de sairem à força, fez com que muitos habitantes morressem interiormente. Ao regressar à Vila do Gerês, deparamo-nos com um dos ex-libris da Serra do Gerês - as suas vistas panorâmicas. Esta é uma delas: a albufeira do rio Cávado. Simplesmente magnifica.

Gerês - Portugal Fantástico - parte I

Não é a primeira vez que visitamos o Gerês. Aliás, desde os meus tempos da Universidade do Minho que as idas à Portela do Homem e a Vilarinho da Furnas já aconteceram por diversas vezes.
A última vez a sério foi em Agosto de 2000. Nessa altura, resolvemos acampar no Parque de Campismo do Vimeiro, na vila do Gerês. Foi sol de pouca dura, pois a chuva estragou-nos os planos. Mas, mesmo assim, ainda deu para fazer uma caminhada de mais de 20 km até aos Carris e apreciar a vista até Pitões das Júnias. Também visitamos a cascata do Arado e alguns miradouros pitorescos como a da Pedra Bela.
Este ano, às voltas para onde iríamos passar o feriado de 1 de Maio (3 dias seguidos não são para desperdiçar), resolvemos juntar a vontade da Graça para ir para um SPA, com a minha de fazer umas caminhadas.
A nossa escolha caiu sobre o Hotel Águas do Gerês http://www.aguasdogeres.pt/.
A empresa que explora o hotel é também proprietária de um SPA e das termas, que funcionam num edifício separado. Para ir ao SPA também não é obrigatório estar alojado no hotel, embora haja preços especiais para os hóspedes.
A vila do Gerês é uma terra muito simpática. Na realidade, consiste numa rua principal onde estão vários restaurantes, hotéis e pequenas lojas. Depois, há uma série de construções ao longo das encostas do vale.
O hotel também é agradável, embora não seja nada de especial.
O SPA é muito bom. Não estava à espera de tal no Gerês. Tudo muito limpo, funcionários simpáticos e, felizmente, pouca gente. Isto, porque é por marcações, logo não dá para haver grandes confusões (se calhar na época alta até há). É pena estar fechado Domingo à tarde.
Bom mas o que é fizemos então nesse fim de semana?
Sexta-feira, 1 de Maio, pouca coisa, a não ser a viagem de Lisboa para o Minho.
A Graça ainda estava com esperança de ir para o SPA, mas como chegamos cerca das 17h30 ao hotel, só deu para ir marcar umas massagens e o circuito termal para o dia seguinte.
Estava calor naquele dia. Mais do que em Lisboa. Talvez por ser um vale entre as montanhas.
Um crepe gelado a seguir soube mesmo bem.
Em Maio os dias já são grandes. Assim, ainda fomos até à Portela do Homem onde enchemos umas garrafas de água numa fonte de água bem gelada. Fontes de água é o que não faltam no Gerês.
A seguir, resolvemos fazer o caminho de terra batida que atravessa a Mata de Albergaria até à barragem de Vilarinho das Furnas. Só me esqueci que, além de ser terra batida, o caminho está completamente cheio de buracos e lombas, sendo totalmente inadequado para vulgares carros ligeiros. Só mesmo TT. Assim, fizemos aqueles cerca de 6 km a 10 à hora.
Mesmo com o stress da condução, ainda deu para apreciar a beleza da floresta. Ao fim do dia as árvores assumem cores com muitos tons de verdes. Além disso, se não fossem alguns grupos de caminhantes (mesmo àquela hora) - havia vários turistas espanhóis - o silêncio é apenas quebrado pelos pássaros e pelo correr da água.
Felizmente que o incêndio aconteceu em Março não afectou esta linda mata (foi mesmo ao lado). Acho que isso, se algum dia acontecer, será uma tragédia e uma perda terrível para todos os bons amantes da Natureza.
O regresso fez-se por uma estrada alcatroada que vai de S. João do Campo, passa pelo cruzamento para Covide e atravessa a serra indo ter à Vila do Gerês pelo lado oeste. Foi a seguir a Covide que percebi onde ficava a Calcedónia, com a famosa fenda. Ficou logo assente que era ali que iríamos no dia seguinte, apesar da pouca vontade da Graça, mais uma vez a pensar no SPA.
O jantar foi na Pensão Baltazar, junto ao parque de estacionamento do hotel.
Com bom aspecto, boa decoração, ambiente familiar, fomos servidos com boa comida e por um preço razoável http://www.pensaobaltazar.com/.